Ela está há 32 anos no Movimento Escoteiro. Cleusa Iara Campello é um modelo claro de que aquela máxima de que o escotismo era algo para homens, está longe da realidade. O primeiro contato começou ao levar o irmão mais novo para as atividades. "Depois de conhecer mais detalhes sobre a proposta educativa do movimento, decidi entrar e aprimorar minha atuação com a realização de cursos de aperfeiçoamento", lembra.
Cleusa é uma Mestre Pioneira, pessoa encarregada de orientar e conduzir os Pioneiros - que são escoteiros entre 18 e 21 anos - na realização de projetos comunitários e de inclusão social. Na avaliação dela, cerca de 40% do efetivo, que chega próximo a mil escoteiros, são formados por mulheres. "Muitas são dirigentes, mas todas fazem o que é proposto aos homens, sobretudo no momento dos acampamentos, pegando junto e sem correr da raia", enfatiza. Cleusa atua, também, como coordenadora da Comissão de Formação de Adultos, comandando a realização de cursos, palestras e atividades de qualificação.
"São cerca de 600 adultos no movimento, no Estado, trabalhando, principalmente, com as crianças e adolescentes, além de participarem de ações de gestão administrativa dos grupos", afirma. Hoje, ela também acompanha o filho Matheus Campello dos Santos, de 18 anos, que desde os 7 participa do Grupo Manuel Bandeira, sediado no Colégio Anchieta. Para ela, é uma grande parceria, que deve ser levada para o ambiente familiar.
Já a jovem Mayni Garrido Pereira, 21 anos, encantou-se com as atividades dentro do movimento. Segundo ela, é uma forma de descontrair, ao mesmo tempo que exercita a responsabilidade e adquire conhecimento. "Há uma amizade muito grande entre os participantes e as meninas pegam junto em qualquer ação de campo, aprendendo a se portar em diferentes situações", destaca. Ela está no movimento escoteiro há seis anos. De acordo com a entidade, as meninas já são quase a metade dos integrantes das tropas. "Como temos mães que são chefes de tropa, é cada vez maior o número de famílias que entram totalmente para o movimento escotista no Rio Grande do Sul", avalia.
FONTE: Jornal Correio do Povo - edição de 15 de novembro de 2009.
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