O Rio Grande do Sul tem garantido o seu lugar de destaque quando o assunto é escotismo. O Estado conta com o segundo maior efetivo do país: cerca de 8 mil escoteiros registrados. Eles estão reunidos em mais de 200 grupos, que têm retomado o crescimento do número de crianças e jovens que encontram nessa organização centenária o conhecimento e o desenvolvimento de atividades que visam à sustentabilidade. "A juventude está mais próxima do escotismo, que evoluiu em suas ações incorporando aspectos da vida moderna, como a troca da bússola pelo GPS e a utilização de laptops nos acampamentos", enfatiza o diretor executivo da União de Escoteiros do Brasil/RS (Uebrs), Antonio Carlos Hoff. Para ele, a maior participação de adultos seria essencial para que o movimento fosse ampliado. Nos EUA, por exemplo, o número de adeptos chega a 4 milhões.Hoff ressalta o fato de que os dois aspectos primordiais do escotismo estão na ecologia e na ética. Segundo ele, essas diretrizes são cada vez mais presentes no mundo atual, e mostram que há espaço para o desenvolvimento de novos grupos. "Estamos conversando com representantes da Secretaria Estadual da Educação para tentar retomar o programa que existia nos anos 90, enfocando a formação de núcleos de escoteiros dentro das escolas", assinala Hoff. Ele sustenta ser preciso que os governos estejam mais próximos do movimento como forma de incentivar as boas condutas. "O programa Escola Aberta tem contribuído muito para isso e acreditamos que, em 2010, já possamos voltar a desenvolver essa ideia junto à comunidade escolar", salientou.
O diretor executivo da Uebrs enfatiza que o convívio harmonioso, a troca de experiências e conhecimento são fatores que ajudam na formação de lideranças juvenis. Um fato que chama atenção é o crescente número de mulheres dentro dos grupos de escoteiros gaúchos.
FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO - 15 DE NOVEMBRO DE 2009
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